A Black Friday marca o período de maior movimentação logística do ano no Brasil. O aumento expressivo no volume de vendas traz um impacto direto sobre as operações de transporte e distribuição e também sobre os riscos. Com caminhões sobrecarregados, jornadas intensas e prazos cada vez mais curtos, as empresas enfrentam o desafio de manter a eficiência sem abrir brechas para falhas, acidentes ou crimes.
O problema é que o crescimento nas entregas vem acompanhado de outro número: o das ocorrências de roubo de carga, que tradicionalmente disparam em novembro. De janeiro a agosto de 2025, o estado de São Paulo registrou 2.726 boletins de ocorrência relacionados a cargas, segundo o Boletim Tracker-Fecap. Desse total, 87% foram roubos, 11% furtos e 2% receptação. Em média, 11 incidentes são registrados por dia, o que reforça a urgência de medidas preventivas antes do pico de fim de ano.
"O transporte rodoviário é o coração da economia brasileira, mas também o elo mais vulnerável. A concentração de operações nas rodovias e a precariedade de parte da malha viária tornam o Brasil um dos países com maior incidência de roubo de cargas no mundo", explica Gaudêncio Lucena, presidente da CORPVS, uma das maiores empresas de segurança privada do país.
Segundo ele, tecnologia, planejamento e integração de dados são as principais armas para reduzir perdas e garantir que o crescimento das vendas não se transforme em prejuízo.
Confira algumas medidas essenciais para proteger sua operação durante a Black Friday:
1. Reforce o planejamento de rotas e horários
"Durante o pico de movimentação, rotas alternativas e horários estratégicos podem fazer a diferença entre uma entrega bem-sucedida e um incidente. Evitar deslocamentos noturnos e regiões com alto índice de criminalidade é uma das ações mais simples e eficazes. O mapeamento prévio com base em dados de risco reduz significativamente as chances de abordagem criminosa", afirma Lucena.
2. Invista em rastreabilidade e monitoramento em tempo real
"A tecnologia é o principal escudo contra as perdas. Câmeras veiculares, sensores inteligentes e sistemas de telemetria permitem o acompanhamento constante das cargas, além de emitir alertas imediatos em caso de desvios de rota, paradas não programadas ou abertura indevida de compartimentos. A lei da rastreabilidade, atualmente em tramitação no Congresso, propõe justamente ampliar esse controle com um código unificado de rastreio, que pode facilitar a identificação de produtos roubados e reduzir a revenda clandestina", complementa.
3. Reforce protocolos de segurança e treinamento de motoristas
"Os motoristas estão na linha de frente e precisam estar preparados para agir em situações de risco. Treinamentos periódicos que abordem condutas seguras, reconhecimento de ameaças e acionamento rápido de equipes de suporte são indispensáveis. Um profissional bem orientado sabe como reagir em caso de tentativa de abordagem, reduzindo o risco pessoal e o impacto financeiro da ocorrência", destaca Lucena.
4. Integre a segurança com a inteligência de dados
"Soluções de gestão de risco baseadas em dados, como plataformas de georreferenciamento e histórico de ocorrências, permitem decisões mais assertivas sobre rotas, horários e pontos de parada. Empresas que utilizam inteligência logística preventiva conseguem reduzir custos de seguro, melhorar a eficiência operacional e minimizar o tempo de resposta em situações críticas", ressalta.
5. Crie planos de contingência e comunicação imediata
"Ter um plano de contingência é essencial. Isso inclui canais diretos de contato entre a central de monitoramento, transportadoras e autoridades policiais, além de protocolos de comunicação para eventuais emergências. Durante a Black Friday, em que o fluxo de entregas é intenso, respostas rápidas salvam milhões em mercadorias e preservam vidas", entende Gaudêncio.
Tecnologia e prevenção: o caminho para um transporte mais seguro
Em 2024, o roubo de cargas causou um prejuízo de R$1,2 bilhão às empresas brasileiras, segundo levantamento da ICTS Security. Apesar disso, dados do Mapa da Segurança Pública 2025 mostram uma tendência de queda nacional, com destaque para o Sul (queda de 63,89%) e o Centro-Oeste (41,79%).
Essa redução reforça o impacto positivo de políticas preventivas, investimentos em tecnologia e parcerias público-privadas na construção de um ambiente logístico mais protegido. "O roubo de cargas não é apenas um problema logístico, mas um desafio de segurança pública e econômico. Proteger o transporte significa proteger toda a cadeia de abastecimento, do produtor ao consumidor", conclui Gaudêncio Lucena.
Sobre a Corpvs
Fundada em 1975, a Corpvs é uma das maiores empresas de segurança privada do Brasil, oferecendo um portfólio completo de soluções que incluem segurança patrimonial, escolta armada, transporte de valores, rastreamento veicular e monitoramento eletrônico. Com presença em todo o território nacional, a Corpvs atende clientes dos mais diversos segmentos, consolidando-se como referência em inovação, tecnologia e excelência operacional. Para mais informações, acesse www.Corpvs.com.br.